quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ai que somos todos tão crescidos

sim senhora que ficamos todos tristes e desiludidos porque perdemos, e ainda por cima perdemos de forma tão cruel. tudo bem. é horrível, vamos andar todos deprimidos durante dias, custa imenso, coitadinhos dos jogadores, aceito tudo isso.

mas vai daí e andarmos a gozar com a coitada da Carbonero só porque se enganou a fazer a pergunta ao jogador, e a fazer manchetes de noticias com isso, sinceramente parece-me mesmo muito pequeno e fica-nos um bocado mal.

até porque se formos a ver as perguntas que os nossos jornalistas fizeram aos nossos jogadores no fim do jogo, não sei quem é que fica mais mal visto.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Vamos ver

vamos ver é a expressão que o meu neurocirurgião mais gosta de dizer.

o que os médicos não entendem é que esse é o pior diagnóstico que se pode dar a um paciente. ou pelo menos a mim. porque simplesmente não é um diagnóstico. significa apenas que vamos ter de esperar, que não sabemos com certeza o que se passa, mas que se passa qualquer coisa, que simplesmente não queremos/podemos arriscar uma causa, em especial quando essa causa pode ser má.

e ali fiquei a olhar para ele, a pedir-lhe sem falar que simplesmente me dissesse que ia correr tudo bem. mas não disse. disse que íamos ver. provavelmente porque alguém lhe disse que não se mente aos pacientes.

novos exames, nova especialidade, novo médico. para já, é isso que vou ver.

é assim

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Reza, Spice Prince of India

Oh pá, ele é tão querido.

 

a comida que ele faz tem sempre muita bom aspecto.
para quem é adepto de comida indiana, carregada de especiarias este é um programa a ver.

 e pronto, ele é mesmo querido.

 

gelatinas royal

cheira me que desde que tiraram os ossos e cartilagens da gelatina aquilo já não sabe ao mesmo. todos os sabores sabem ao mesmo, que é nada. 
os pós já nem sequer têm a cor característica do sabor, têm todos uma cor bege amorfa. já me disseram que as que estão à venda já feitas são melhores, mas não é a mesma coisa. 
o giro era fazê-la. misturar a água no líquido e ver formar-se aquela mistura de cor fascinante, juntar o gelo e vê-lo desaparecer num instante e finalmente lambuzar-me com colheradas de gelatina líquida. 
assim já feita não tem graça nenhuma.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A crise acabou

Foram encontrados "graus impressionantes" de ouro no alentejo.


O que eu quero para mim

(Central Park, NY, Abr 2010)
homenagem a uma vida feliz.

gostei mesmo muito


caríssimo. na massimo dutti.

adorei.

coisas que me enervam

pessoas que vão para as filas da caixa do supermercado antes de terminarem as compras.

marcam ali o lugarzinho delas na fila e depois é vê-las a correr que nem baratas tontas para trás e para a frente a encher o carrinho com cada vez mais coisas.

e os coitados que estão na fila que amochem e fiquem à espera que sua excelência decida terminar as compras.


Querido Guilherme

confesso que já não tenho paciência para te ouvir "declamar" a tua lindissima carta dirigida à nossa selecção, com a versão dramática instrumental da Dulce Pontes em fundo. não há porcaria de intervalo na televisão em que não tenha que te ouvir, porém, desta última vez que te escutei apercebi-me que te podia ajudar e que se calhar é mesmo por isso que tanto te cansas em fazeres-te ouvir, para eu te poder ajudar. 

pois que por este meio te envio um conselho precioso. escolhe medicina. a sério, escolhe Medicina. não vás para biologia. não faças essa asneira. em especial se queres mesmo ficar em portugal. acredita, eu sou bióloga e sei. E eu não estou na área de investigação, porque então se esse é o caminho que queres em biologia, pára e desvia-te 180º, porque por aí não chegas a lado nenhum.

vais sempre que ter que explicar às pessoas porque é que escolheste esse curso, e elas nunca vão entender e vão sempre olhar para ti com pena (mesmo quando dizes que sonhas descobrir a cura do cancro). fazeres um doutoramento vai ser uma obrigação, não uma meta a atingir (e da realidade que conheço parece-me que actualmente a sensação que se tem quando se acaba é mais de alívio do que orgulho no trabalho). depois de o fazeres passas o resto da tua carreira como pós-doc, que até pode parecer um nome giro, mas simplesmente quer dizer que não podes ir a mais lado nenhum. nunca vais ver um contrato na tua vida. vives de projectos cujo fundos muitas vezes falham ou nunca aparecem. nunca vais ganhar bem na tua vida (é uma sorte se ganhares ponto). a tua maior preocupação vai ser quantos artigos vais conseguir publicar numa semana. e o mais provável é  seres obrigado a sair de portugal porque aqui simplesmente não dá nem nos querem cá. mesmo que tenhas a sorte de arranjar um emprego, no sentido mais geral da coisa (o meu caso), as perspectivas de evolução e mudança são muito baixas e o número de empregos disponíveis é minúsculo, por isso conta com outros milhares de "cães" atrás do osso, prontos a esfaquear-te na primeira oportunidade e lixar-te a vida. não é bom. o lado positivo, a ver pelo número de biólogos que têm blogues extremamente conhecidos (já não é o meu caso, mas eles existem), é que apesar da desgraça no trabalho, podes sempre libertar a tua mente criativa em posts inspirados e brilhantes no teu blogue.  

por isso, escuta esta tua nova amiga. vai para a medicina. são alguns anos de labuta é verdade, mas compensa.

quem avisa tua amiga é.

domingo, 10 de junho de 2012

realidades virtuais

Sobre este post da Ana.

vicissitudes das vizinhanças

Uma das boas coisas de quando comprei a minha casa era o facto de não ter vizinhos. Nem em baixo, nem ao lado, nem por cima. Era uma maravilha.

Ora, infelizmente, e como seria de esperar, a situação não podia prolongar-se por muito mais tempo.

Pois que comecei por ter um vizinho em baixo, que com ele trouxe um cavalo. Sim, aquilo não é um cão, é um cavalo. Eu pelo menos já andei em póneis mais pequenos nos bons tempos da Feira Popular. Dado que a minha casa é uma casa pequena, e logo, a dele também, o resultado nunca podia ter sido bom. só ouço o cão a ir contra as coisas, passa o dia no terraço a produzir kilimanjaros de caca, para não falar das longas noites em que o bicho passa a uivar. Dizem os especialistas que já o viram que já é velhinho, por isso, resta-me esperar que a Natureza faça o seu papel, depressa.

Agora, ganhei uma vizinha em cima. E com ela uma bela de uma infiltração no tecto da casa de banho. Ora, como não há maneira de a conseguir encontrar em casa para lhe expor a situação, qualquer dia cai-me em cima durante um banho. 

Para já, mantém-se a paz no meu hall do meu andar, que tenho a felicidade de ainda não partilhar com ninguém. Que dure mais um pouco. Só mais um pouco. 

E acabei de descobrir

que esta ligação no youtube está a passar um concerto em directo do Bon Iver, no tennessee.

e o senhor não desilude nada ao vivo.

eu lá estarei em Julho, para o ver ao vivo e a cores.

e para o ver tocar para mim isto:

domingos à noite

só são bons quando sabemos que temos uma semana de férias pela frente.

planos são só mesmo descansar, passear, ler muito e, se possível, lá para os últimos dias apanhar muito sol à beira da piscina.

viva o dolce fare niente.