sábado, 21 de julho de 2012

BCN

Na sexta fui jantar ao novo espaço que abriu no largo Rafael Bordalo Pinheiro (Chiado), onde era antigamente o Zafferano.

Eu pessoalmente não tinha nada contra esse restaurante mas desde que a Marta tirou da boca aquele longo fio de cabelo que encontrou na pizza dela, a vontade de lá ir nunca mais foi a mesma. Ainda para mais a comida não era assim tão boa e era demasiado caro.

O espaço que abriu agora é um restaurante muito mais informal, muito descontraído e muito mais simpático. Chama-se BCN com clara alusão à cidade de Barcelona, mas que na realidade corresponde ao nome Beber, Comer e Nova Mesa



É um restaurante essencialmente de tapas que são servidas em dois tamanhos diferentes consoante a vontade de comer muito do mesmo ou variar pelas várias sugestões. Nós provámos as casquinhas de batata doce (maravilhosas, repetimos a dose), a tortilla de batata (apesar do pleonasmo aparente, estava maravilhosa), tiras de bife de vaca com um molho delicioso e salada (recomendo vivamente, são deliciosas) e finalmente uns camaroncitos que são uns microcamarões um bocadinho para o salgados mas que é uma experiência interessante (na realidade parece a comida que se dá às tartarugas, mas enfim...come-se). Ficou muita coisa por experimentar e a ver pelas mesas em volta da nossa, todas tinham muito bom aspecto (menos o rabo de boi que nunca pode ter bom aspecto...)

O único senão é o facto de não terem multibanco o que obriga a levar dinheiro ou então a andar um bocadinho para levantar num dos multibancos ali perto. 

O empregados, ou melhor o empregado e o que me parece ser o dono do restaurante, são extremamente simpáticos e atenciosos o que torna a experiência extremamente agradável. 

Recomendo.

em relação ao bailado que fui ver

a ana já disse o essencial, embora na minha opinião não tenha visto ali nada que se aproveitasse, se houve ali algum movimento interessante não o vi. talvez esteja a ser redutora demais, mas é o que sinto.

não foi a primeira vez que dei o beneficio da dúvida à companhia nacional de bailado. juro que até os vou ver com a mente bastante aberta. mas o resultado é sempre o mesmo, absoluta desilusão.

a coreografia não faz sentido nenhum, não há qualquer troca de informação, seja ela conceptual, artística, emocional, ou simplesmente visual entre os bailarinos e o espectador, não há coordenação nenhuma entre os bailarinos, parece que estão todos ali a arrastar-se e a fazer um frete a toda a gente e há ali muito pouca técnica, suspeito eu resultado de alguma falta de treino. não têm expressão nenhuma no rosto, estão sempre muito zangados com a vida e de olhar posto num infinito longínquo. as coreografias são sempre deprimentes. não ali alegria nenhuma.


 mas pior de tudo, é o facto de haver ali total ausência de dança. atiram muito os braços e as pernas, arrastam-se de um lado para o outro, empurram-se todos uns aos outros, batem-se muito, caem muito ao chão, e pronto. não há ali beleza de movimento nenhuma. não há ligação nenhuma entre a música e os movimentos, o corpo dos bailarinos não fala connosco, ou pelo menos comigo foi silêncio absoluto. 

é uma coreografia que não nos agarra. às tantas damos por nós a olhar para o relógio a contar o tempo que falta para acabar e a pensar no que é que vamos fazer para o jantar do dia seguinte. ou seja, ficamos aborrecidos. e a dança é tudo menos isso.

se tivesse pago bilhete não tinha saído a meio. mas agora, depois de ter estado quase duas horas à espera que aquilo começasse de forma a garantir um bom lugar, ficar ali a aguentar aquela purga até ao fim, às tantas da noite, pareceu-me um sacrifício inglório, para mim.

evolução

natureza natureza natureza

(Santarém, Jul12)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

e o que vais fazer amanhã à noite?

Vou estar pelo chiado.



odeio o calor

e estas noites insuportáveis em que não há réstia de vento e fica este ar quente abafado.

truque para conseguir dormir?

isto.


antes de adormecer, encharcar-me nisto. e de preferência ter uma ventoinha ligada.

resulta sempre.



Nettie Burnett

Finalmente consegui arranjar tempo de passar na galeria de São Mamede para ver a exposição da Nettie Burnett.

Tinha dado uma olhadela ao catálogo da exposição dela e fiquei com muita vontade de ver os quadros ao vivo. gostei imenso, são quadros lindíssimos, essencialmente trabalhos em grafite e pigmento de cor, muito simples mas ao mesmo tempo recheados de pormenores.

Não resisti e comprei este pequeno desenho dela que vai ficar mesmo bem na minha entrada.




Os quadros maiores era lindos de morrer mas infelizmente não eram para a minha bolsa. Este em particular ficou-me no goto.


Recomendo vivamente a passarem por lá.